quarta-feira, 17 de março de 2010

Principais características do Psicopata

De acordo com o DSM-IV-TR2, a caracte­rística essencial do psicopata é um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos alheios, que inicia na infância ou começo da adolescên­cia e continua na idade adulta. O referido ma­nual explicita também o fato de que o diagnósti­co para esse transtorno deve levar em consideração a existência de pelo menos três critérios que, de forma sintética, podem ser descritos como um fracasso em conformar-se às normas legais, uma propensão para enga­nar, impulsividade, agressividade, desrespeito pela segurança própria ou alheia, irresponsabi­lidade que pode estar vinculada ao trabalho ou às finanças, bem como uma ausência de remor­so.

De um modo geral, percebe-se que o trans­torno está diretamente vinculado aos padrões comumente aceitos na sociedade em que vive­mos, sendo que é justamente a manifestação de comportamentos, que está em desacordo com esses padrões, que perfaz o tipo de semiologia, que o caracteriza. Uma sintomatolo­gia que pode também ser compreendida pelo fato de vincular-se a uma ausência de ansieda­de e depressão, que costuma estar presente nos demais indivíduos quando do cometimento de atitudes anti-sociais.

A prevalência do psicopata é baixa na popula­ção geral, sendo que as pesquisas apontam uma incidência de 3% em homens e 1 % em mulheres. No que se refere ao seu prognóstico, alguns estudos ressaltam o fato de que o auge do comportamento anti-social costuma ocorrer no final da adolescência e os sintomas mos­tram-se propensos a diminuir com o decorrer da idade3.

Embora uma meta-análise realizada por Salekin1 ressalte o fato de que há consideráveis possibilidades de que se consolidem tratamen­tos eficazes no tocante à manifestação dos sin­tomas, inúmeros autores4,5 concordam com o fato de que os indivíduos portadores do trans­torno são, em geral, pouco responsivos aos diferentes tipos de tratamentos.