segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O retrato do Psicopata

Clínica da perversão: o perverso narcísico o mal da contemporaneidade

Andreia Santos

Você conhece alguém que é a eterna vítima? No entanto, numa análise atenta e inteligente não é tão vítima assim? Está sempre envolvida em situações curiosas e polêmicas, porém parece que está blindada, pois ninguém questiona o seu caráter?! Faz comentários capciosos, que num primeiro momento são despretensiosos, mas que tem no fundo o intuito de denegrir alguém? São comentários sempre endereçados?! Promove a animosidade entre as pessoas e a separação das mesmas e sempre se isenta de tal ato? Ok, é bem possível que você esteja lidando com um perverso moral, o nosso bom e velho Psicopata.
Na clínica da perversão aprendendemos como é difícil desmascarar um psicopata, sedutores, manipuladores e mestres na mentira, consegue mobilizar fãs ardorosos! O que nos resta é sutilmente levar as pessoas a um processo de tomada de consciência, para que aos poucos consigam se libertar do engendramento perverso.
Chamamos o psicopata de perverso moral, porque ele ataca a identidade do outro, é profundamente invejoso, e tenta destruir o outro na relação que estabelece, assediando moralmente o seu objeto de ódio, não sente afeição e encarna o papel da eterna vítima.
Os psicopatas não têm amigos e sim seguidores, que na sua maioria não percebem que estão sendo manipulados, geralmente se aproximam de quem podem lhes dar alguma coisa em troca. Pessoas com posições sociais elevadas são as suas companhias preferidas.
Os psicopatas ou perversos morais, também não escolhem qualquer posição na vida, geralmente são objetos do seu desejo lugares que lhes assegurem credibilidade perante aos demais, meios políticos, religiosos, educacionais, etc; são postos almejados pelos psicopatas, que sempre buscam cargos de liderança.
Cuidado com a manipulação perversa, compramos a briga dos perversos morais e não nos damos conta. A manipulação e a vitimização são as grandes estratégias dos perversos. A dinâmica do psicopata é a de colocar o outro na condição de objeto. E vai assujeitar esse outro até que o descarta quando não mais interessá-lo. A HISTERIA COLETIVA DESPROPOSITAL E AS INFORMAÇÕES FALSAS SÃO SINAIS VISÍVEIS DA ATUAÇÃO DO PERVERSO.
Quem são os seguidores dos perveros morais?
Como ja foi mencionado os psicopatas não conseguem estabelecer relações com o outro, por sua incapacidade empática e dificuldade de enxergar esse outro como um ser inteiro, dessa forma a relação que estabelece é unilateral e de assujeitamento desse outro as suas vontades.
Os seguidores do psicopata demoram a tomar consciência de que estão sendo manipulados e quando se dão conta disso, já funcionaram como objeto nas mãos dos perversos morais. Alguns especialistas traçam perfis dessas vítimas/seguidoras, contudo, percebo que pessoas esclarecidas caem constantemente no jogo de sedução e enredamento perverso.
A linguagem do psicopata é sempre desqualificadora com relação ao outro. Dificilmente fere esse outro, que é seu objeto de ódio, frontalmente.Ele utiliza alusões perversas, promove a ruptura das relações entre as pessoas em dircursos ou falas onde sempre está oculto um ataque à alguém (seu objeto de ódio ou inveja). São profundamente invejosos, se o seu objeto de ódio é uma pessoa respeitável por exemplo, ele tentará atingir a credibilidade do seu objeto de ódio. Dissemiando mentiras que minam a imagem daquele que no fundo o psicopata gostaria de ser
Em algumas raras ocasiões os psicopatas ou perversos morais não levam a melhor, quando os percebemos e entendemos a sua dinâmica eles são previsíveis, e caem nas suas próprias ciladas...falam demais, inventam demais, mentem demais e finalmente desmascarados ficam perdidos em seus próprios delírios megalomaníacos.
É interessante ver a sua queda e a maneira de enfrentamento deles, assim como dos seus soldados perdidos e desolados....
Finalmente é de extrema importância que tomemos cuidado com psicopatas ou perversos morais, pois são inteligentes e ardilosos, por onde passam deixam um rastro de discórdia e destruição. Não há o que consiga parar um psicopata, alguns especialistas acreditam que quando se deparam com o seu vazio isso é possível. Bem... lido com perversos morais não é de hoje e com relação a isso tenho as minhas dúvidas!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Contato Zero - Texto da Maria

A regra do “nenhum contato”

Esta é uma regra fundamental para você se livrar do psicopata. Comecei a aplicá-la após tentar vários outros meios de suportar uma convivência diplomática com Pedro no pós-namoro, porém sem sucesso. Os participantes do fórum de psicopatia de Robert Hare estão sempre lembrando uns aos outros da “no contact rule”. Realmente, só isso funciona.

Tentei perdoá-lo e seguir em frente, sendo receptiva às tentativas de contato dele. Não deu certo. Tentei manter distância física mas responder e-mails e telefonemas. Não deu certo. Tentei pedir que ele se afastasse para eu refazer minha vida. Ele não se afastou. Tentei forçar a barra de uma amizade, e foi impossível. Por que? Porque ele continuava mentindo e tentando me manipular. Depois de algum tempo, você pega várias coisas no ar, você aprende como a pessoa age. Ele falava algo, eu pensava: “mentira”, ele contava uma estória, eu captava: “está bancando a vítima para me manipular”. Enfim.

Tudo foi ficando irritante demais para mim. E o pior: apesar de ter superado o fim, eu continuava caindo nas ciladas que ele armava. Eu ainda sentia dó e culpa em proporções suficientes para ele brincar comigo à vontade, exercendo seus dotes de ator dramático. Depois que o namoro acabou ele tentou de todas as maneiras manter meus sentimentos acesos por ele. Eu percebia claramente que ele não sentia mais nada por mim, todavia não aceitava que eu também não sentisse mais nada por ele. Queria me ter nas mãos. Era fácil perceber isso, pelo olhar frio dele, pela atitude indiferente logo após ter chorado baldes dizendo que eu era a mulher de sua vida. Essas coisas me deixavam estupefata. A gota d´água foi quando eu descobri que enquanto ele fazia tudo isso, estava namorando há meses.

Cansei, não tinha porque aguentar aquilo. Ele não é meu amigo, não é digno de confiança, nem de lealdade. Estava me fazendo mal aquele contato. Coloquei um ponto final definitivo faz poucos meses. O último dia que ele me ligou foi hoje (óbvio que não atendi), mas tenho fé que com o tempo ele vai sumir da minha vida para sempre, porque eu não respondo mais às provocações dele. Mantendo distância, estou a salvo. Qualquer mínimo contato é uma oportunidade que você dá para esse tipo de pessoa tentar te manipular. Não vale a pena.

Texto: Maria

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Simples pensamento.

La Boétie lembra que os mesmos tiranos que destruíram totalmente a liberdade do povo foram homenageados pelas próprias vítimas, muitas vezes vistos como “Pai do Povo”. Que tipo de covardia faz alguém amar o próprio algoz?

Mais exemplos.

O Tribunal do Júri de Brasília condenou a 17 anos de prisão Kleber Ferreira Gusmão Ferraz, acusado de levar a ex-namorada ao suicídio, em março de 2007. Acusado de homicídio duplamente qualificado, ele respondeu ao processo preso e deverá cumprir a pena em regime fechado. Cabe recurso.

Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi manipulada pelo acusado, já que estava com depressão. Ele teria preparado o local onde ocorreu o suicídio, um hotel, comprado a substância que a matou e a convencido do suicídio.

Os dois tiveram um relacionamento amoroso "conturbado". De acordo com o MP, Kleber tirou proveito da ex a tal ponto que ela se endividou para sustentá-lo. A vítima chegou a fazer um seguro de vida no valor de R$ 210 mil e Kleber era o seu único beneficiário. Depois disso, ele passou a sugerir o suicídio, fazendo a vítima a acreditar que também cometeria suicídio.

Oito testemunhas foram ouvidas. Uma delas, amiga da vítima, contou que após o início do relacionamento do casal, Maria Aparecida se afastou dos amigos, perdeu peso e entrou em situação financeira difícil.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Lembram de Guilherme de Padua? !!

O que diz Ilana Casoy

Ilana Casoy se dedica ao estudo de crimes violentos e assassinatos em série. É membro consultivo da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB-SP e de outros estados. Sua atuação consiste em ajudar a elaborar perfis de criminosos. Autora dos livros: “Serial Killer -louco ou cruel?” ” Serial Killer – made em Brasil” e o “Quinto Mandamento”, (sobre o caso Richtofen).

A necessidade de exibicionismo e a vaidade de Guilherme de Pádua são patológicas. É como se ele escrevesse o script de um personagem que atua no papel central do “filme” que criou em sua cabeça. Depois do assassinato de Daniella Perez idealizou para si mesmo a representação do melhor amigo, par perfeito e consolador da família, mas foi desmascarado. Na cadeia “escreveu” para ele mesmo o papel de bom moço injustiçado e resgatado pela religião evangélica.

Agora, nos mostrou seu enorme poder manipulador ao “embrulhar” o jornalista Ratinho para presente, anunciando que falaria o inédito e se utilizando do espaço televisivo para publicidade de sua Igreja. Claramente seu objetivo, para quem sabe ler uma mente assim, é galgar o posto de pastor reconhecido como semi-Deus por seu estranho rebanho.

E como não assume a autoria de nenhum ato que coloca em risco a imagem que quer vender, arma a mão da esposa, desta vez com uma “caneta”, ao lançar livro de autoelogio.A realidade dos fatos não nos deixa esquecer que armar a mão de suas mulheres é sua especialidade: como todo manipulador o sucesso sempre será dele, se houver, mas o fracasso nunca. Já vimos esse filme antes.

É tão pouco criativo que no papel que escreve para ele mesmo, não modifica nem o nome da esposa. Personagem patético, livro patético. Fica apenas a lição: quem brinca com fogo pode sair queimado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Emoções superficiais e teatralidade

Eles (as) em geral têm emoções rasas, podendo demonstrar amizade e consideração facilmente para conseguirem conquistar determinadas pessoas, contudo, tais emoções são superficiais e breves porque não são verdadeiras.
O psicopata não tem sentimentos para com outras pessoas; entretanto, parece que desde criança - apesar desse vazio sentimental - eles conseguem "imitar" as emoções das outras pessoas (embora não as sinta de verdade) a fim de conseguirem um ideal. Por exemplo, eles podem não sentir altruísmo, entretanto, aprendem a imitar esse altruísmo, usando-o para algum benefício. Por isso, suas emoções podem ser passageiras, porque apenas copiam as emoções, mas não as têm. Por exemplo, um psicopata pode mostrar-se excessivamente triste porque magoou um colega, entretanto, rapidamente tal emoção parece subitamente desaparecer, como se nada tivesse acontecido. Assim são suas emoções, geralmente aparecem e desaparecem de forma súbita.
Sua vida inteira é vivida de forma teatral e dramática, onde o psicopata é sempre a "vítima" ou "coitadinho" e os outros são os vilões maldosos que merecem punição. Eles tentam sempre a convencer suas vítimas de que eles próprios estão tendo algum tipo de sofrimento, assim, acarretam na outra pessoa um sentimento de dó ou pena - uma das princpais armas do psicopata. São também irresponsáveis: tendem a fugir de suas responsabilidades e jogando a culpa para outras pessoas, por isso fazem de tudo para convencer as pessoas acreditarem de que toda a culpa do universo é do outro e não do psicopata. Eles têm imensas habilidades em inverter os papéis das situações, onde a outra pessoa é o vilão e eles as vítimas. Essa irresponsabilidade ainda é notada quando marcam um compromisso e, sem mais nem menos, cancelam em última hora, sem se importar com suas consequências para outras pessoas.
Raramente dizem "eu te amo", ou então, mais frequentemente, quando dizem, demonstram o oposto. Dizem que amam mas suas ações e comportamentos demonstram o contrário. Na realidade, eles frequentemente tratam as pessoas como "coisas" ou "objetos". Exatamente por isso, o psicopata oscila entre períodos em que causa sofrimento às pessoas, e períodos em que demonstra afeto e consideração.

Frieza e ausência de sentimentos

Psicopatas são pessoas insensíveis, frias e com ausência de sentimentos genuínos para com outras pessoas. Eles parecem não sentir emoções calorosas entre os humanos, tais como o amor, compaixão e altruísmo. São vistos como indivíduos frios, que não demonstram amor, carinho e ternura, até mesmo com pessoas próximas, tais como familiares. Por mais que algumas pessoas acreditem inocentemente que um dia o psicopata poderá sentir algum tipo de sentimento altruísta, lamentavelmente ainda não se pode afirmar hipóteses do gênero. São pessoas sem nenhum tipo de sentimento bom para com os outros, apenas para si mesmo. Não amam, não sentem dó, não são humildes, nem generosos, muito menos carinhosos e afáveis. Esses individúos não sentem afeto algum por outros seres humanos; portanto, jamais sentirão do mesmo modo que pessoas "normais" sentem. Talvez nunca tenham sentido, contudo, aprenderam a imitá-las. Aprenderam a imitar a forma como duas pessoas se amam, se compreendem. Aprenderam a imitar o altruísmo, o carinho e a generosidade ao observarem e copiarem tais demonstrações vindas de outras pessoas, mas nunca advindas de si próprio. Por isso, demonstram superficialmente seus sentimentos e emoções, pois na realidade não passam cópias e imitações de sentimentos. Quando demonstram sentimentos bons, mais uma forma de manipular para conseguir algo com isso. Raramente dizem "eu te amo", ou então, mais frequentemente, quando dizem, demonstram o oposto. Dizem que amam mas suas ações e comportamentos demonstram o contrário. Na realidade, eles frequentemente tratam as pessoas como "coisas" ou "objetos". Exatamente por isso, o sociopata oscila entre períodos em que causa sofrimento às pessoas, e períodos em que demonstra afeto e consideração.
Psicopatas são pessoas, acima de tudo, frias e insensíveis. Frias emocionalmente de tal forma que nada as faz se comoverem por algum tipo de dor ou sofrimento alheio. Via de regra, não demonstram qualquer tipo de afeto, amor ou carinho por outra pessoa, inclusive seus próprios familiares. Só o demonstram para conseguir algo. Não vão se importar se feriram ou não alguém, muito menos vão se chocar por algum acontecimento doloroso a outrem. Pelo contrário. Podem ver, ouvir e até mesmo cometer inúmeras crueldades sem ter a capacidade de sentir algum tipo de emoção com isso; qualquer tipo de sofrimento para outra pessoa, para eles, é simplesmente "normal". É exatamente por esta razão que muitos psicopatas assassinos são popularmente descritos como "sangue frio", sem emoção. Compaixão, dó, pena e altruísmo são palavras totalmente ausentes na área emocional do psicopata. Do ponto de vista emocional, nada os choca, nada os faz chorar por dó, tristeza ou compaixão em ver uma outra pessoa sofrer, seja da pior forma possível. É o caso do indivíduo que perde um irmão e apenas diz calmamente "que pena" e, logo em seguida, volta a fazer o que estava a fazer antes. São indivíduos excessivamente insensíveis.
Nota-se nessas pessoas uma falta de sentimentos considerados receosos, tais como o medo, nojo e remorso. Na maioria das pessoas, essas emoções quando são confrontadas têm por definição impedir um aproximamento daquilo que causa o receio, ou se arrepender de alguma ação feita. No caso dos psicopatas, eles parecem sentir muito pouco, ou até mesmo serem ausentes de tais emoções. Consequentemente, o medo, pânico e remorso são muito pouco sentidos, ou inexistentes em psicopatas. Via de regra, o psicopata de grau leve tende a ainda ter indícios de sentir emoções receosas, entretanto, o psicopata considerado grave frequentemente é completamente ausente dessas emoções. O indivíduo antissocial também não teme porque não tem as emoções normais de um ser humano. Diante, por exemplo, questões ilegais em que estão envolvidos, eles assistem tais processos de forma indiferente, como se não estivessem envolvidos. Em geral, a impulsividade em busca de novos estímulos somada à ausência do medo e do remorso, os levam ao exibicionismo e a cometerem atitudes antissociais.
O psicopata é visivelmente um indivíduo com uma grande falta de empatia, por isso apresenta um estilo de interação sadomasoquista. Geralmente ele é o que induz ao sofrimento, e o outro é o que recebe o sofrimento, embora o contrário também pode acontecer, pois o psicopata da mesma forma que não se preocupa com os outros, também não se preocupa muito consigo mesmo. É importante notar que, sendo uma das principais características da psicopatia, apesar disso tudo, o psicopata raramente demonstra sentir remorso ou culpa pelo o que faz. São pessoas que não sentem culpa ou sentem muito pouco, o que não faz com que impeçam-nos a evitar atitudes que causem sofrimento. Após cometer sofrimento a outras pessoas, eles podem se mostrar indiferentes, poucos preocupados com o ocorrido, ou então até rirem ou se orgulharem disto. Em alguns casos, teatralizam o arrependimento e o sentimento de remorso, chorando e alegando culpa, entretanto, isso não passa de mero drama que subitamente desaparece após algum tempo.

Psicopatia Feminina

A maioria das mulheres psicopatas tendem a apresentar um grau leve ou moderado da psicopatia, sendo que mulheres psicopatas com um alto grau da doença são raras. Porém, existem e são as denominadas serial killers, tais como grandes assassinas da história mundial, como Elizabeth Bathory, Aileen Wuornos e Marie Noe.
As psicopatas com um nível moderado a grave de psicopatia podem, no início da adolêscencia, ter um acentuado crescimento dos sintomas do distúrbio nessa fase, além de sintomas como um humor deprimido e irritadiço, abusar do álcool e/ou drogas, obter comportamentos autodestrutivos como auto mutilação, tentativas de suicídio fracassadas, abusos de medicamentos, ambiente familiar conturbado, instabilidade emocional e, não raro, aparecimento de sintomas histéricos (conversivos). Aliás, é muito mais frequente nas mulheres psicopatas ocorrer a psicopatia juntamente com características conversivas, como por exemplo, paralisias, dores de cabeça constantes, náuseas, vômitos, afonia, dores constantes pelo corpo sem motivos plausíveis etc. o que mostra que essas mulheres além da psicopatia, possuem traços histéricos em sua personalidade, o que as faz reprimir seus problemas psicológicos e transformando-os em problema físico.
Na melhor das hipóteses, as mulheres psicopatas geralmente foram crianças introvertidas e tinham um profundo sentimento de isolamento. Embora não seja regra, a maioria das mulheres psicopatas possuem um histórico cuja infância foi permeada por algum tipo de conflito familiar (abusos, negligência, divórcio dos pais, alcoolismo parental, etc.), além de constantes conturbações escolares, tal como deboches por coleguinhas de escola, seja pela timidez ou por apresentarem algum tipo de transtorno de conduta: ao tempo que foram crianças que sofriam deboches, entretanto, também cometiam algum tipo de crueldade - embora nem sempre os adultos conseguissem perceber, pois, via de regra, psicopatas desde tenra idade manipulam todos ao redor de forma que raramente são descobertos. Mulheres psicopatas não gostam de ser contrariadas e, assim como os homens sociopatas, elas podem demonstrar frieza, agressividade ou insensibilidade sem que isso acarrete em culpa, arrependimento ou remorso. Elas têm necessidade em demonstrar grande poder ou controle sob certas pessoas ou situações. São controladoras, persuasivas, influenciadoras e muito sedutoras. Elas podem exibir além de um comportamento sedutor, comportamentos sexuais perversos, tais como sadomasoquismo, e fetiches perversos. Podem ter um histórico de relacionamentos breves, que duram muito pouco, numerosos casos superficiais ou então vários parceiros do outro sexo ou não, ao mesmo tempo. Elas podem ser mulheres infiéis, que facilmente traem o cônjuge, ou então enamorar-se por puro interesse material, tais como homens ricos e poderosos. Para o psicopata, o sexo e a orientação sexual são apenas mais uma forma de manipulação, um de seus utensílios para conseguir seus objetivos.
Nas mulheres com traços psicopáticos, parece haver predominância de sintomas do subtipo de psicopatia denominado "psicopata dissimulado" por Millon. Segundo Millon, tais psicopatas possuem características de falta de confiança nos outros, impulsividade, simpatia superficial e sociabilidade para com os outros mas constante mau humor, agressividade e ressentimento para com a família e pessoas próximas. Esse tipo de psicopatia pode ser relativamente parecido como uma mistura do transtorno de personalidade borderline e o transtorno de personalidade histriônica. São pessoas que aparentam tendências a chamar atenção para si e com um comportamento significantemente sedutor ou sensual. Neste caso, essas psicopatas são socialmente sedutoras mas ocultam por trás da sedução e sociabilidade um péssimo comportamento com pessoas mais próximas. A busca pela excitação, aventura e estímulo é variavelmente alto, com tendências a sentir-se facilmente entediada, com grande intolerância à monotonia, regras e rotina. Exatamente por isso, essas pessoas costumam exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, tais como relacionamentos, empregos, objetivos e gostos. Elas se entediam e enjoam facilmente das coisas, começam um projeto mas nunca terminam. Pessoas assim têm comportamentos imaturos de contínua busca de sensações e perigo, e fazem de tudo o que for necessário nas suas relações para conseguirem o que querem dos outros. São incapazes de demonstrar gratidão. Quando não conseguem o que querem ou são contrariados ou pressionados, podem balancear entre uma explosão agressiva ou uma vingança calculista.
De modo geral, as mulheres psicopatas apresentam praticamente os mesmos sintomas do homem psicopata, entretanto, praticam suas crueldades de forma menos impulsiva que o homem, o que as faz serem pouco descobertas.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Estrutura Psicopatica

Em sua primeira infância, a pessoa com uma estrutura psicopática teve um pai veladamente sedutor do sexo oposto. O pai queria alguma coisa do filho. O psicopata formava um triângulo com os pais e achou difícil obter apoio do pai do mesmo sexo. Colocou-se do lado do pai do sexo oposto, não conseguiu o que queria, sentiu-se traído e depois compensou tudo isso manipulando esse pai.

Sua resposta a essa situação foi tentar controlar os outros do jeito que pudesse. Para fazê-lo, precisa expor-se e até mentir, se for necessário. Exige que o apóiem e estimulem. Na interação com outros, porém, prescreverá a manipulação direta, como: “Você teve de ...” para evocar a submissão. Isso não leva ao apoio.

No aspecto negativo, a pessoa com essa estrutura tem uma tremenda tendência para o poder e a necessidade de dominar os outros. Dispõe de maneiras para obter esse controle: intimidando e dominando ou solapando. Muitas vezes sua sexualidade é hostil e tem muita fantasia. Ela investiu na imagem ideal que faz de si mesma e tem sentimentos fortes de superioridade e desprezo, que encobrem sentimentos profundos de inferioridade.

Quando entra na terapia, queixa-se dos seus sentimentos de derrota. Quer vencer. Mas ser apoiada significa render-se, e isso, no seu entender, quer dizer derrota. “minha vontade será feita .” E surgiu para ela o dilema: “Tenho de estar certa ou morrer.” Para resolver o problema na terapia, precisa aprender a confiar. ( e isso é impossivel)

O indivíduo psicopático não tem medo do fracasso e da derrota, quando se encontra nessa situação que reconhece pelo seu lado racional, simplemente o ignora e passa a outra situação.

Dividido entre sua dependência das pessoas e a necessidade de dominá-las, receia ser dominado e usado por elas, ficando assim na posição de vítima, o que lhe é totalmente humilhante.

Usa a sexualidade no jogo do poder; o prazer é secundário em relação à conquista. Ele tenta não expressar suas necessidades fazendo que os outros precisem dele.