De um modo geral, percebe-se que o transtorno está diretamente vinculado aos padrões comumente aceitos na sociedade em que vivemos, sendo que é justamente a manifestação de comportamentos, que está em desacordo com esses padrões, que perfaz o tipo de semiologia, que o caracteriza. Uma sintomatologia que pode também ser compreendida pelo fato de vincular-se a uma ausência de ansiedade e depressão, que costuma estar presente nos demais indivíduos quando do cometimento de atitudes anti-sociais.
A prevalência do psicopata é baixa na população geral, sendo que as pesquisas apontam uma incidência de 3% em homens e 1 % em mulheres. No que se refere ao seu prognóstico, alguns estudos ressaltam o fato de que o auge do comportamento anti-social costuma ocorrer no final da adolescência e os sintomas mostram-se propensos a diminuir com o decorrer da idade3.
Embora uma meta-análise realizada por Salekin1 ressalte o fato de que há consideráveis possibilidades de que se consolidem tratamentos eficazes no tocante à manifestação dos sintomas, inúmeros autores4,5 concordam com o fato de que os indivíduos portadores do transtorno são, em geral, pouco responsivos aos diferentes tipos de tratamentos.