Em sua primeira infância, a pessoa com uma estrutura psicopática teve um pai veladamente sedutor do sexo oposto. O pai queria alguma coisa do filho. O psicopata formava um triângulo com os pais e achou difícil obter apoio do pai do mesmo sexo. Colocou-se do lado do pai do sexo oposto, não conseguiu o que queria, sentiu-se traído e depois compensou tudo isso manipulando esse pai.
Sua resposta a essa situação foi tentar controlar os outros do jeito que pudesse. Para fazê-lo, precisa expor-se e até mentir, se for necessário. Exige que o apóiem e estimulem. Na interação com outros, porém, prescreverá a manipulação direta, como: “Você teve de ...” para evocar a submissão. Isso não leva ao apoio.
No aspecto negativo, a pessoa com essa estrutura tem uma tremenda tendência para o poder e a necessidade de dominar os outros. Dispõe de maneiras para obter esse controle: intimidando e dominando ou solapando. Muitas vezes sua sexualidade é hostil e tem muita fantasia. Ela investiu na imagem ideal que faz de si mesma e tem sentimentos fortes de superioridade e desprezo, que encobrem sentimentos profundos de inferioridade.
Quando entra na terapia, queixa-se dos seus sentimentos de derrota. Quer vencer. Mas ser apoiada significa render-se, e isso, no seu entender, quer dizer derrota. “minha vontade será feita .” E surgiu para ela o dilema: “Tenho de estar certa ou morrer.” Para resolver o problema na terapia, precisa aprender a confiar. ( e isso é impossivel)
O indivíduo psicopático não tem medo do fracasso e da derrota, quando se encontra nessa situação que reconhece pelo seu lado racional, simplemente o ignora e passa a outra situação.
Dividido entre sua dependência das pessoas e a necessidade de dominá-las, receia ser dominado e usado por elas, ficando assim na posição de vítima, o que lhe é totalmente humilhante.
Usa a sexualidade no jogo do poder; o prazer é secundário em relação à conquista. Ele tenta não expressar suas necessidades fazendo que os outros precisem dele.