quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O Mal Existe

Não é uma tarefa fácil diagnosticar indivíduos portadores de síndrome de psicopatia. Para tanto nos valemos das pesquisas desenvolvidas pelo psicólogo canadense Robert D. Hare, professor da Universidade Colúmbia Britânica, pioneiro nos estudos de psicopatia. Os tópicos abaixo fazem parte do seu livro Without conscience: the disturbing world of the psychopaths. Sem consciência: o inquietante mundo dos psicopatas. Ed. Guilford Press, New York; p. 33-35. Ainda sem tradução para língua portuguesa. Segue abaixo o texto traduzido por Gilson Marciano de Oliveira Simplistas e superficiais Os psicopatas na maioria das vezes são inteligentes e articulados. Eles podem ser pessoas divertidas, interessantes, conversadoras, preparadas para dar respostas rápidas e inteligentes. De forma convincente, contam histórias improváveis, mas de maneira a que o assunto pareça verdadeiro. Eles são muito eficazes nas suas aparências e frequentemente são charmosos e simpáticos. No entanto, para muitas pessoas eles são muito dissimulados, de falsa docilidade, aparentando hipocrisia e superficialidade. São observadores astutos e muitas vezes tem-se a impressão que os psicopatas estão encenando algum papel, de forma mecânica, interpretando um roteiro já estabelecido. Um dos meus examinadores descreveu uma entrevista que ele fez com um prisioneiro: “Sentei-me e tirei a minha prancheta, sendo que a primeira coisa que o cara me disse era que eu tinha os olhos bonitos. Ele controlou meu trabalho completamente, fazendo alguns elogios a respeito de minha aparência ao longo da entrevista, fechando com o meu cabelo. Assim, quando eu terminei de guardar minhas coisas no fim da entrevista eu estava sentindo uma coisa rara... Bem bonito. Eu sou uma pessoa muito cuidadosa especialmente no meu trabalho, pois um dado falso pode desacreditar a entrevista. Quando cheguei lá fora, eu não podia acreditar que tinha caído numa linha de conversa como essa.” Psicopatas podem divagar e contar histórias que parecem improváveis, levando-se em conta tudo aquilo que é conhecido a respeito deles. Normalmente, eles tentam parecer familiarizados com sociologia, psiquiatria, medicina, psicologia, filosofia, poesia, literatura, arte ou com o direito. Essas características nos permitem fazer uma leitura de que eles não possuem muitas preocupações em serem desmascarados. Um de nossos arquivos de prisão descreve um presidiário psicopata que afirma ter níveis mais avançados de sociologia e psicologia, quando na verdade ele nem sequer tinha concluído o ensino médio. Ele manteve essa ficção durante uma entrevista com um dos meus alunos, um candidato a doutorado em psicologia. O aluno comentou que o preso estava tão confiante nos seus conhecimentos de termos técnicos e conceitos que aqueles que não estão familiarizados com o campo da psicologia poderiam muito bem ficar impressionados. A variação sobre esses indivíduos especialistas em algum tema é comumente verificada entre os psicopatas. Egocêntricos e narcisistas­ Os psicopatas são exageradamente narcisistas, dão grande importância para sua auto-estima, possuem um egocentrismo espantoso, e noções do que é correto. No entanto, pensam que são o centro do universo, seres superiores, que agem de acordo com suas próprias regras. “Não é que eu não queira seguir a lei”, disse um de nossos entrevistados. “Eu sigo a minha própria legislação. Eu nunca violo as minhas próprias regras.” O entrevistado descreveu essas regras em termos de “olhar para fora para um número.” Quando da entrevista de outro psicopata, preso por uma variedade de crimes que incluem a extorsão, violação e a fraude, foi perguntado se ele tinha algumas fraquezas. Ele respondeu: “Não possuo nenhuma fraqueza, exceto talvez por eu ser demasiado inquieto.Em uma escala de 10, avaliado por ele mesmo, respondeu: “Uns 10 no conjunto geral. Eu diria 12, mas daí eu estaria me vangloriando. Se eu tivesse tido uma educação melhor talvez eu fosse brilhante”. A grandiosidade e importância que os psicopatas dão para si mesmos geralmente surgem de forma espantosa nos tribunais. Por exemplo, não é difícil eles criticarem e abdicarem de seus advogados, assumindo as suas próprias defesas, normalmente com resultados desastrosos. “Meu parceiro pegou um ano de condenação. Eu peguei dois por culpa de um advogado idiota”, disse um de nossos entrevistados. Mais tarde o entrevistado tratou seu problema pessoalmente e viu sua pena ser aumentada para três anos. Psicopatas geralmente são percebidos como uma pessoa arrogante, descarada, fanfarrão, cheio de autoconfiança, opinativo e dominador. Eles gostam de ter poder e controle sobre os outros e parecem incapazes de acreditar que outras pessoas têm opiniões válidas diferente da deles. Eles parecem carismáticos e “eletrizantes” para algumas pessoas. Psicopatas raramente sentem-se embaraçados por problemas legais, com pessoas ou com finanças. Em vez disso, eles vêem os problemas como retrocessos temporários, resultados de má sorte, de amigos infiéis ou incompetentes, ou por injustiça do sistema. Embora os psicopatas geralmente afirmem ter objetivos específicos em suas vidas, eles mostram pouco conhecimento das qualificações exigidas, não possuem idéias de como atingir seus objetivos, e pouca ou nenhuma chance de alcançá-los, dado seu histórico e pela falta de interesse contínuo no campo educacional. O detento psicopata pode pensar em liberdade condicional, imaginando planos mirabolantes para tornar-se um magnata ou dedicando-se para a advocacia para pobres. Um, que particularmente não era nenhum letrado, criou um título para um livro que pretendia escrever sobre si mesmo e já foi contando a fortuna que iria ganhar com a venda de seu best-seller... Falta de remorso ou culpa Psicopatas demonstram uma impressionante falta de preocupação com os efeitos devastadores que suas ações têm sobre os outros. Muitas vezes, eles são completamente sinceros sobre o assunto, afirmando com calma que não possuem nem um sentimento de culpa, que não há motivos para pedirem desculpas pela dor e destruição que causaram, não existindo nenhuma razão para eles se preocuparem. Quando perguntado se ele tinha algum arrependimento sobre uma vítima de roubo e esfaqueamento, que passou três meses em um hospital decorrente dos ferimentos recebidos, um dos nossos entrevistados respondeu: “Caia na real! Ele passa alguns meses em um hospital e eu apodreço aqui. Eu cortei ele um pouco, mas se eu pretendesse matá-lo eu teria cortado a sua garganta. Esse é o tipo de cara que eu sou, eu dei-lhe uma espetada.” Indagado se ele lamenta qualquer um de seus crimes, ele disse: “Eu não me arrependo de nada. O que está feito, está feito. Deve ter havido alguma razão para eu ter feito isso na época, e é por isso que foi feito.” Por outro lado, psicopatas, por vezes, verbalizam remorso, mas depois se contradizem em palavras ou ações. Criminosos na prisão aprendem rapidamente que o remorso é uma palavra importante, um atenuante. Quando perguntado a um interno se ele teve remorso de um assassinato que ele cometeu, um jovem preso nos disse: “Sim, com certeza, sinto remorso.” Pressionei mais, ele disse que não “se sentia mal intimamente a respeito”. Certa vez eu estava aturdido pela lógica de um preso que descreveu como a vítima havia sido beneficiada com o crime, aprendendo “uma dura lição de vida”. “O rapaz tinha apenas que culpar a si mesmo”, disse outro detento do homem que havia assassinado em uma discussão banal sobre o pagamento de uma fatura com código de barras. “Qualquer um poderia ter visto que eu estava com um péssimo humor naquela noite. O que ele queria por não ter se preocupado comigo”? Ele continuou: “Enfim, o cara nunca havia sofrido. Facadas em uma artéria é a maneira mais fácil de isso acontecer”. A falta de remorso ou culpa verificada nos psicopatas está associada a uma notável capacidade de racionalizar seu comportamento e livrar-se da responsabilidade pessoal pelas ações que causam choque e decepção com a família, amigos e outras pessoas cumpridoras das regras sociais. Normalmente eles têm desculpas à mão para o seu comportamento, e, em alguns casos, eles costumam negar que tenham causado algum dano a outra pessoa. Em alguns aspectos, como a emoção, eles são como os andróides retratados na ficção científica, incapazes de exprimir o que os seres humanos sentem na vida real. Um estuprador, qualificado com escore alto da Psychopathy Checklist, comentou que ele achou difícil simpatizar com suas vítimas. “Eles são assustados, né? Mas, veja você, eu realmente não entendo. Eu tenho medo mesmo, e nem por isso sou desagradável”. Psicopatas vêem as pessoas como um pouco mais que objetos a serem utilizados para sua própria satisfação. Os fracos e vulneráveis – que eles zombam ao invés de sentir pena – são os alvos favoritos. “Não existe tal coisa no universo do psicopata, como o meramente fraco”, escreveu o psicólogo Robert Rieber. “Quem é fraco também é um otário, ou seja, é alguém que pede para ser explorado”... Falta de empatia Mentir, trapacear e manipular são talentos naturais dos psicopatas. Com seu poder de imaginação artístico e focado em si mesmo, os psicopatas parecem surpreendentemente imperturbáveis pela possibilidade – ou mesmo certeza – de não serem identificados. Quando pegos em uma mentira ou desafiados com a verdade, eles raramente ficam perplexos ou com vergonha – eles simplesmente mudam de assunto ou tentam reformular os fatos para que eles pareçam ser coerentes com a mentira. Os resultados são uma série de contraditórios e declarações que confundem o ouvinte completamente. Grande parte das mentiras parecem não ter outra motivação que, para o psicólogo Paul Ekman, seria como um “prazer”...Os psicopatas parecem orgulhosos de sua capacidade de mentir. Quando perguntado se ela mentiu facilmente, uma mulher com uma pontuação alta no Checklist Psychopathy riu e respondeu: “Eu sou a melhor, e sou realmente boa no que faço, porque eu acho que às vezes é bom admitir que exista algo ruim sobre mim. Eles pensam, bem, se ela está admitindo que possa ter algo de ruim nela, ela pode estar dizendo a verdade sobre o resto”. Ela também disse que, por vezes, “sais da mina” são como uma pepita de verdade. “Se eles pensam que algumas coisas que você diz são verdade, eles geralmente pensam que tudo é verdade”. Muitos observadores têm a impressão que os psicopatas, por vezes, não sabem que estão mentindo, é como se as palavras possuíssem vida própria, e o falante não possui restrição nenhum quanto ao fato do ouvinte ter pleno conhecimento dos fatos. Para o psicopata é indiferente que ele possa ser identificado como um mentiroso, é verdadeiramente extraordinário, que faz com que o ouvinte a se perguntar sobre a sanidade do alto-falante. Mais frequentemente o ouvinte é envolvido... Emoções superficiais “Eu sou o filho da puta mais sangue-frio que você já conheceu”. Foi assim que Ted Bundy se descreveu para a polícia após finalmente ter sido preso. Os psicopatas parecem sofrer de uma espécie de pobreza emocional que limita o alcance e a profundidade de seus sentimentos. Embora eles pareçam frios e sem emoção, muitas vezes são propensos a sentimentos dramáticos e superficiais. Observadores atentos ficam com a impressão de que estes sentimentos são uma encenação e que pouca coisa está acontecendo no seu pensamento íntimo. Às vezes, eles afirmam experimentar emoções fortes, mas são incapazes de descrever as sutilezas de vários estados afetivos. Por exemplo, eles igualam o amor com a excitação sexual, tristeza com frustração, raiva com a irritabilidade. “Eu acredito nas emoções: ódio, raiva, luxúria e ganância”, disse Richard Ramirez, o “caçador noturno”... A aparente falta de afeto normal e profundidade emocional levou os psicólogos JH Johns e HC Ouav a dizer que o psicopata “conhece as palavras, mas não a música”. Por exemplo, em um livro que faz uma abordagem sobre o ódio, violência e justificativa sobre o seu comportamento, Jack Abbot fez este comentário revelador: “Existem emoções – em todos os aspectos delas – que eu sei que só existem através das palavras, feitas através da leitura da minha imaginação imatura. Eu posso imaginar que eu sinto essas emoções (saber, portanto, que elas são), mas na verdade eu não tenho esse sentimento. Na idade de 37 anos eu sou apenas uma criança precoce. Minhas paixões são as de um menino”... Blog De Sonia Amorim

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Trolls da Internet são Psicopatas

Em uma pesquisa realizada por psicólogos de diversas universidades canadenses, usuários da internet foram convidados a responder uma série de perguntas como “quanto tempo você passa online?” e “você faz muitos comentários no YouTube?”. Eles também foram solicitados a concordar ou discordar com opções como “Eu gosto de zoar pessoas em fóruns ou em seções de comentários de sites” e “eu gosto de ser o vilão em jogos e torturar outros personagens”. Os resultados apontaram para a conclusão de que os “trolls” da internet mostram várias características do que é conhecido como “Dark Tetrad” (em português, algo como “tétrade obscura”). Trata-se da interseção de quatro características terríveis: sadismo, maquiavelismo, narcisismo e psicopatia. As pessoas com esses traços de personalidade adoram magoar os outros, são extremamente enganosos, e não têm remorso por suas travessuras. Os pesquisadores ainda descobriram uma ligação entre essas características e a quantidade de tempo gasto online, o que acaba criando um ciclo vicioso de psicopatia.

Psicopatas podem ter um interruptor de empatia.

Os psicopatas são incapazes de se colocarem no lugar de outras pessoas. Eles veem os seres humanos como peças de xadrez, como se fossem os peões para a sua própria diversão. E a razão pela qual isso acontece é motivo de muita discussão. Enquanto alguns cientistas dizem que os psicopatas simplesmente são assim, os neurocientistas da Universidade de Groningen, na Holanda, discordam. Em 2012, eles realizaram um teste com criminosos psicopatas usando tecnologia de ressonância magnética e alguns filmes caseiros que podemos chamar de bizarros. Nesses filmes, que os criminosos assistiram de dentro do scanner de ressonância magnética, uma mão sem corpo ou carinhosamente acariciava outra, ou a rejeitava, ou a batia com uma régua. Como os pesquisadores esperavam, os psicopatas não se impressionaram. No entanto, as coisas tomaram um rumo interessante quando os pesquisadores pediram aos criminosos para que sentissem empatia com as pessoas na tela. Desta vez, quando a vítima do filme levou uma surra, os psicopatas realmente responderam. Eles estavam sentindo a dor da pessoa. Os pesquisadores concluíram, então, que psicopatas têm um interruptor de “liga/desliga” em seus cérebros. Embora ele geralmente esteja na posição “desligado”, isso pode mudar quando necessário. É por isso que, às vezes, os psicopatas podem ser acolhedores e muito charmosos. Os cientistas acreditam que isso significa que criminosos psicopatas podem ser reabilitados. Se eles pudessem ser ensinados a deixar o interruptor sempre no “ligado”, eles poderiam superar esse transtorno. Por outro lado, se eles realmente estão simplesmente optando por não ter nenhum tipo de empatia com as pessoas, eles são ainda mais assustadores do que imaginávamos.

Eles não reconhecem medo

Em outras palavras, se um psicopata vem em sua direção com uma faca e você fica paralisado, com os olhos arregalados, boca seca e tremendo até o cabelo, ele não entende que você está com medo, porque esses sinais não tem significado para ele. Loucura, não? E não é porque ele escolhe ignorar suas dicas, é que ele realmente não consegue. Esse fato foi descoberto a partir de uma pesquisa realizada por Abigail Marsh, da Universidade de Georgetown (EUA), quando ela testou as reações de 36 crianças com idades entre 7 a 10 anos de idade a expressões faciais. As crianças foram colocadas em um scanner de ressonância magnética que mostrou imagens de vários rostos. Alguns eram neutros, outros estavam com raiva, e alguns apavorados. A maioria das crianças não teve nenhum problema de diferenciação entre as faces neutras e assustadas. No entanto, as crianças com grandes para tendências a serem psicopatas simplesmente não conseguiam entender o que essas expressões de medo significavam. Essa discrepância demonstra um mau funcionamento da amígdala, a parte do cérebro que controla a resposta de medo. A camada exterior da amígdala de um psicopata é muito mais fina do que o normal e muito menor do que a de um cérebro saudável. Graças a essa redução no volume, a área do cérebro é menos ativa do que deveria ser, razão pela qual os psicopatas são incapazes de interpretar expressões de medo. Estranhamente, este fenômeno não parece aplicar-se a outras emoções. Já entendeu tudo, né? Uma vez que eles não têm noção de como é ter medo, eles não sabem como responder ao horror que seres humanos normais sentem. 9. Psicopatas são viciados em dopamina

Psicopatas são viciados em dopamina

O que leva pessoas psicopatas a matar? E por que psicopatas gostam tanto de manipular os outros? Bom, tudo tem a ver com a dopamina, um neurotransmissor que ativa os centros de recompensa em nossos cérebros. É a mesma razão pela qual uma pessoa se apaixona, exceto em uma escala muito maior. Psicopatas são viciados em dopamina. De acordo com Josué Buckholtz da Universidade de Vanderbilt, em Nashville (EUA), o cérebro de um psicopata não só produz mais dopamina, como ele realmente ama muito o neurotransmissor. Buckholtz acredita que este desejo por dopamina é a razão pela qual psicopatas são obcecados por controlar os outros. Para reforçar esse posicionamento, ele e sua esquipe estudaram 30 pessoas com traços psicopáticos, dando-lhes anfetaminas para “trancar” os neurônios produtores de dopamina. Estas drogas foram radioativamente marcadas para que os cientistas pudessem controlar o quanto de dopamina foi produzido em resposta às anfetaminas. Eles descobriram, então, que as pessoas que mostravam alta impulsividade antissocial – o desejo e a vontade de controlar os outros – geraram muito mais dopamina do que outros estímulos.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Psicopatas "Leves"

Quem não conhece um "leve" psicopata? Depois de ter lido o livro "Mentes Perigosas", da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, você vai ver que conhece, e muitos! Eles são narcisistas, egocêntricos. Pensam muito e sentem pouco. Tomam decisões a partir de como podem ser beneficiados com prazer, auto-satisfação, poder, status e diversão. Além de terem o prazer no "errado", isto é, de nadar contra a corrente, facilmente se ofendem e tornam-se violentos, pois não suportam contrariedades. São sempre vítimas. Intolerantes ao tédio ou a situações rotineiras, os psicopatas buscam situações que possam mantê-los em um estado permanente de alta excitação. Por isso, evitam atividades que demandam grande concentração por longos períodos. Compromissos e obrigações nada significam para eles. Naturalmente, pessoas assim não são confiáveis. Eles mentem, manipulam e chantageiam sem a menor dificuldade. Inteligentes, manipuladores, especializados no assédio psicológico, sabem convencer os outros. Eles conhecem as fraquezas alheias, apesar de não serem capazes de sentir o que os outros sentem. Um dado importante: todo psicopata, de grau mais leve ou mais alto, tem consciência de seus atos, mas não sente a dor que causa nos outros, porque simplesmente seu cérebro não funciona assim. Vamos compreender isso melhor. A grande maioria dos seres humanos é formada de empáticos: o sofrimento alheio provoca dor neles mesmos, o que os leva a tentar ajudar seus semelhantes. Ajudar o outro é uma forma de aliviar a dor que este lhes causa. Desta forma, nosso cérebro nos leva a ter comportamentos que garantem a harmonia social. De modo simples e didático, podemos resumir nosso cérebro em duas importantes áreas: o sistema límbico (a sede das emoções) e o lobo frontal (sede do raciocínio). Uma pessoa empática é capaz de ter ações compassivas e socialmente adequadas pois, como seu sistema límbico é ativado por emoções básicas, como raiva e medo, ele envia sinais para o lobo frontal onde são ativadas as áreas responsáveis pelos aspectos cognitivos - frios e racionais, assim como o julgamento moral. Estudos comprovam que 4% da população mundial sofre de um déficit nos circuitos do sistema límbico, que deixa de transmitir, de forma correta, as informações para que o lobo frontal possa desencadear comportamentos adequados. Ou seja, chegam menos informações do sistema afetivo para o centro executivo do cérebro. Assim, o lobo frontal, sem dados emocionais, prepara um comportamento lógico e racional, mas desprovido de afeto. Por isso, eles têm consciência de seus atos, mas não sentem a dor que causam nos outros! Desta forma, os psicopatas não sentem medo nem ansiedade: parecem imunes ao estresse. Permanecem calmos em situações que fariam muitas outras pessoas entrar em pânico. São indiferentes à ameaça de punição. Eles têm até dificuldade de reconhecer medo e tristeza nos rostos e nas vozes das pessoas. Uma vez que admitimos que uma pessoa é assim, biologicamente incapaz de se responsabilizar por suas ações, ficamos atônitos. Segundo a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, estas pessoas nascem assim e irão morrer assim. Então, desista de querer mudá-los! Mas, como lidar com eles? Como sentir compaixão por estas pessoas capazes de ferir e destruir a vida de tantas outras pessoas? Tenho pensado bastante sobre isso. Em primeiro lugar, creio que seja importante admitirmos que certas pessoas são mesmo assim. Não precisamos rotulá-las de psicopatas, associando-as com pessoas criminosas e intencionalmente agressivas. Apenas reconhecer que certas pessoas são mesmo um pouco assim. Um pouco é um dado relevante. Reconhecer este pouco já vai nos ajudar muito! Pois passaremos a investir nos relacionamentos com uma moeda de troca mais real e coerente. Por exemplo, quando alguém nos mantém refém de suas promessas. Parece que o melhor está sempre por vir e que cabe a nós, tão somente a nós mesmos, saber conter nossa ansiedade, nos responsabilizarmos pelos danos da espera e "confiar neles". Como pessoas empáticas, não somos impulsivos. Mas, quando as promessas revelam-se mecanismos de controle para manter a situação vigente, devemos abrir os olhos! Nestes casos, segue aqui um conselho: não confunda o que uma pessoa diz ter para oferecer, com ela mesma. Sua capacidade de realizar o que diz não é real! Portanto, a primeira coisa a fazer é ajustar a intenção com que as promessas são reveladas, com a realidade concreta dos fatos. Uma vez recuperada a lucidez de nossa real situação, temos que nos preparar para olhá-la sob uma nova perspectiva. Como diz o velho ditado: "mais vale um pássaro na mão do que dois voando". Pare e reflita. Você está sendo refém de alguma promessa manipuladora? Caso a resposta seja sim, calma. Mesmo consciente de sua limitação, será preciso ir aos poucos. Procure ajuda daqueles que souberam reconhecer e superar relacionamentos semelhantes. Uma vez livres de tal jogo sedutor, poderemos ter compaixão por eles. Mas, antes disto, é preciso nos curar. Lembre-se, eles não mudam e não será você que irá provar o quanto é boa e capaz ao tentar mudá-los! Bel Cesar

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Belos e Maus!

Blusão de couro, corpo elegante. Um olhar quase hipnótico de tão atraente, que se demora ao contemplar com a maior atenção a pessoa com quem dialoga... Eis um rapaz que atrai, que “puxa para si” - especialmente se quem está sendo mirada é uma mulher já “de uma certa idade”. Uma mulher bonitona, com dinheiro na bolsa...com alguma carência afetiva, também... Como é que ele sabe que aquela senhora chique, descolada, tem tanta grana e infelicidade juntas? Por que será que pinçaa no meio do grupo geral de pessoas para justamente dela aproximar-se e então iniciar um tórrido relacionamento? Ele capta todo um universo de informações não verbais, não explícitas, com notável eficiência - porque é um psicopata. Este casalzinho bem pode ser o Felipe e a Clô Ayala (Henri Castelli e Regina Duarte) da novela O Astro, exibida há poucos meses na TV Globo. Henri Castelli, ator de grande talento, emprestou seu charme (e sobretudo seu olhar) para compor o personagem que sugere um tipo de psicopata muito comum: o aproveitador de mulheres. Aquele que nelas mergulha (fisicamente) do mesmo modo que mergulha, nada, bóia, dá cambalhotas e “pula ondas” nas suas contas bancárias (dessas mulheres). Vasto e complexo é o universo da Psicopatia. Há pelo menos dois séculos já é velha conhecida - a anormalidade - da Psiquiatria, com outros nomes conforme a época em que foi descrita e analisada: “manie sans délire” (França), “moral insanity” (Inglaterra); “oligofrenia moral”, etc. Neste artigo queremos deter-nos no tipo (já que são tantos os tipos e subtipos psicopáticos) do aproveitador de mulheres. É o namorado que vai entrando de mansinho na vida da companheira, com um carinho, uma atenção e uma sexualidade totalmente cativantes, prometendo mil compromissos definitivos, falando palavras que mais parecem saídas de um livro de poesias medievais ! Até que... começam as investidas no cartão de crédito, os pedidos para emprestar o carro ou comprar um “zero”, só para ele. Objetos da casa podem misteriosamente sumir...papéis são falsificados, assinaturas forjadas. Desfalques. Fraudes escandalosas. A mulher-amante ( amantíssima! ) não pode acreditar que seu garotão tão maravilhoso e puro é que fez esse rolo todo. E mais: fez, armou, planejou com antecedência, sim. A Psicopatia é uma anormalidade que surge predominantemente nos homens, pois está ligada ao cromossomo Y. É algo mais profundo que um simples “modo de ser”. Mas também surgem formas psicopáticas em mulheres, - e essas são terríveis. O mundo ainda está engatinhando diante da compreensão da magnitude do problema. No momento, só uma atitude sábia é recomendável : Fuja dele ! Amiga, fuja e corra como quem corre de um incêndio !!! Madalena Tavares é escritora e artista plástica, formada em Psicologia pela UFRJ.

sábado, 17 de agosto de 2013

CONVIVENDO COM UM PERVERSO

Nem era tão bonita assim. Sua educação, delicadeza e inteligência eram seu passaporte para conquistas que alimentavam a certeza quanto a sua infalibilidade. Com frequência sentia-se ameaçada por pessoas que desfrutavam de sua convivência há algum tempo e atribuía tal sensação à inveja que delas emanava. Nesses momentos, tornava-se agressiva e irônica, destilando em palavras e gestos sutis e velados toda sua ira, de forma a gerar no outro sentimentos de medo, a inibir a possibilidade de um entendimento. Sua incapacidade de perceber-se suscetível aos erros fazia com que sempre, em situações como esta, projetasse toda a culpa na outra pessoa, eximindo-se de qualquer responsabilidade e deixando como alternativa de reparação, aceitar seus argumentos e submeter-se a eles. Com o tempo, a repetição dessa dinâmica neutralizava as forças e percepções do outro, destruindo gradativamente a auto estima daqueles que junto a ela permaneciam, apesar de toda a sua insensibilidade... Conviver com um perverso gera sentimentos infindáveis de culpa, inadequação, impotência e abandono, além de quadros severos de ansiedade e de depressão. É às custas de uma grande tensão interior que a vítima consegue acalmar seu algoz nas ocasiões em que se apresenta nervoso, que mascara o descontentamento com a relação e que se esforça para não reagir. O organismo vive em constante estado de alerta, liberando hormônios que depreciam o sistema imunológico e modificam os neurotransmissores cerebrais. A longo prazo, a persistência de taxas hormonais elevadas gera distúrbios que se instalam cronicamente como: palpitações, sensações de opressão, falta de ar, fadiga, perturbações do sono e digestivas, nervosismo, irritabilidade, dores de cabeça e abdominais, úlceras de estômago, doenças cardiovasculares e de pele, perda ou ganho de peso e, ainda, enfraquecimento. As estratégias básicas que norteiam um comportamento perverso, passada a fase do enredamento, são padrões agressivos nos quais pode-se notar o uso dos recursos da mentira, da linguagem paradoxal, da desqualificação, da recusa ao diálogo, todas elas como forma de confundir a vítima sobre a mensagem dada pelo agressor e a recebida por aquela, o que favorece a manutenção da manipulação e do controle na relação. Como irritar um perverso? Mostre que percebe seu jogo. É tentador imaginar-se virando o tabuleiro, deixando fluir a própria natureza perversa, mas é importante saber que normalmente o perverso não perde uma guerra. Travar uma batalha psíquica com alguém com essa natureza promove um desgaste físico e emocional tão intenso quanto manter-se inerte. O recomendável é evitar a sedução do jogo e proteger-se, buscando ajuda psicológica para que seja possível descobrir sentimentos e necessidades que promovem a vinculação a ele e o fortalecimento para libertar-se da relação ou o aprendizado necessário para lidar com ela. E neste campo, não há espaço para ilusões! Um perverso dificilmente muda seu padrão comportamental!

20 MANEIRAS DE DETECTAR UM PSICOPATA

Por Pablo Huerta. Há uma frase que diz: “Não são todos os que estão, nem estão todos os que são”. Quer dizer que, nem todos os que estão em um hospital psiquiátrico são loucos e nem todos os loucos estão em um hospital psiquiátrico. Há psicopatas em todas as partes: dirigindo um transporte público, administrando uma empresa ou governando um país. Onde menos se espera pode haver alguém com uma psicopatia: um transtorno de personalidade antissocial . Claro que isso não significa necessariamente que essas pessoas sejam más, apenas não sentem empatia pelos outros nem remorso pelos seus atos. Eles vivem pelas suas próprias regras e só sentem culpa quando rompem com o seu código de conduta. Para os psicopatas as pessoas são coisas, objetos que servem para satisfazer seus interesses. Se na sua programação não estiver machucar o outro, não o farão. E poderão viver em comunidade porque entendem os códigos sociais. Eles se adaptam. O terrível acontece quando eles não conseguem evitar de fazer o mal. Mas a maioria não comete crimes, ainda que não tenham vergonha de mentir, manipular ou machucar para conseguir o que têm em mente. Quando cometem crimes, de um ponto de vista penal, como estão conscientes dos seus atos, são responsáveis. Mas, ao contrário de um réu normal, não existe a possibilidade de correção de sua conduta, assim a reabilitação é baseada em uma forma de vida que possa lhes trazer benefícios e evitar outros danos. 20 MANEIRAS DE DETECTAR UM PSICOPATA Faceta interpessoal: 1. Eles têm uma boa oratória e charme. São simpáticos e conquistadores num primeiro momento. 2. Têm uma autoestima exagerada. Se acham melhores que os outros. 3. São mentirosos patológicos. Mentem principalmente para conseguir benefícios ou justificar suas condutas. 4. Têm comportamento manipulador. E, se forem inteligentes o bastante, os outros não perceberão esse comportamento psicopata. Faceta afetiva: 5. Não sentem remorso ou culpa. Nunca ficam em dúvida. 6. Quanto à afetividade, são frios e calculistas. Não aceitam as emoções, mas conseguem simular sentimentos se for necessário. 7. Não sentem empatia. São indiferentes. E até podem manifestar crueldade. 8. Têm uma incapacidade patológica para assumir responsabilidade pelos seus atos. Não aceitam os seus erros. Eles raramente procuram ajuda psicológica, porque acham que o problema é sempre dos outros. Faceta estilo de vida: 9. Necessitam de estímulo constante. Ficam aborrecidos facilmente. 10. Gostam de um estilo de vida parasitário. 11. Agem descontroladamente. 12. Não têm metas a longo prazo. Vivem como nômades, sem direção. 13. Eles se comportam impulsivamente. Com ações recorrentes que não são premeditadas. Junto com a falta de compreensão das consequências de suas ações. 14. São irresponsáveis. Faceta antissocial: 15. Tendem a ser deliquentes na juventude. 16. Demonstram problemas de conduta desde a infância. 17. Tiveram a revogação de sua liberdade condicional. 18. Eles têm versatilidade para a ação criminal. Eles preferem golpes e delitos que requerem a manipulação de outros. Outros não incluídos em nenhuma das facetas: 19. Têm tendência a uma vida sexual promíscua, com vários relacionamentos breves e ao mesmo tempo. Gostam de falar sobre suas conquistas e proezas sexuais. 20. Acumulam muitos casamentos de curta duração. Não se comprometem por muito tempo por ter que manter um vínculo. Estes items formam o método popular chamado de PCL (Psychopathy Checklist) desenvolvido por Robert Hare, PhD em Psicologia e professor da Universidade de British Columbia no Canadá. Cada atributo recebe uma pontuação de zero a dois, e para o diagnóstico correto se adiciona uma entrevista semiestruturada e a análise do histórico do paciente. Segundo Hare, um por cento da população é psicopata. Pode acontecer mesmo em uma idade precoce. Segundo o psiquiatra forense John MacDonald há uma tríade que poderia indicar uma futura personalidade psicopática: crueldade com animais, piromania e a incontinência urinária persistente depois dos quatro ou cinco anos de idade. Na sociedade já ficou instituído, graças a Hollywood, a ideia de que todos os psicopatas são como Hannibal Lecter ou Dexter, encantadores, com certeza. Mas é claro que não é preciso esquartejar alguém para ser louco. Assim, é melhor estar ciente das pessoas ao seu redor. Que não esteja sendo vítima de uma manipulação enlouquecida e ainda não ter se dado conta. Se você quiser saber mais sobre como detectar um psicopata, não perca O DIABO A SEU LADO, todas as quintas às 22H.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Lidando com um sociopata. Absolutamente contato zero.

A melhor maneira de lidar com um sociopata é não lidar com ele. Rejeitá-lo. Cortar. Não tendo absolutamente nenhum contato, não falar com ele ao telefone, não enviar, abrir ou responder a e-mail. Não há mensagens instantâneas ou mensagens de texto. Nenhuns cartões, cartas ou pacotes. E, certamente, não o ver. (Tudo isso se aplica a mulheres sociopatas também.) Se você está no meio de batalhas legais com o sociopata, deixe toda a comunicação passar por seu advogado ou outro intermediário. (Certifique-se de que eles entendem como sociopatas opera.) Mais fácil de dizer do que fazer Se você foi enlaçado por um sociopata, você pode achar que você tem dificuldade em manter o não contato. Você pode vir a pensar sobre os bons tempos e querendo falar com ele ou ela. Aqui estão algumas das razões para não faze-lo. 1. Você ainda está no amor A pessoa que você amava nunca existiu. Era uma ilusão criada pelo sociopata para manipulá-lo. Se você ainda tem sentimentos por ele ou ela, são sentimentos que você queria que o relacionamento fosse, não o que ele realmente é. 2. Você sente pena dele ou dela? O sociopata pode chorar, implorar e rastejar, insistindo que vai mudar. Você quer acreditar? Infelizmente, isso não é possível com os sociopatas, eles não mudam. O predador está usando o jogo da pena, tentando tirar vantagem de sua boa natureza e sugá-lo de novo. Não caia nessa. 3. Você não quer admitir que estava errado? Você pode ter investido muito no relacionamento, especialmente se o sociopata tem vindo a tomar dinheiro de você e você não quer perder tudo ?. Você acha que pode forçar. Sim, você pode negociar, e ele pode concordar em pagar-lhe. Mas não espere ver realmente o seu dinheiro. 4. Você quer ter a última palavra? Você quer que ele entenda como você está ferido. Você quer ver essa pessoa lhe pedir desculpas. Aqui está o que você precisa saber: O sociopata nunca vai entender seus sentimentos, porque os sociopatas não têm empatia. Se ele ou ela pede desculpas, ela só vai ser uma tática de sangrar um pouco mais. 5. Melhor o diabo conhecido que o santo desconhecido? Algumas pessoas preferem colocar-se com o abuso emocional, psicológico e até mesmo físico do que o rosto do desconhecido. Se este é você, entender que é improvável que a sociopata vai tratá-lo melhor no futuro, e é muito provável que ele irá tratá-lo pior. O desconhecido pode ser assustador, mas também oferece uma oportunidade para uma nova vida. Alterar a dinâmica Por que há contato importante? Os sociopatas são especialistas em quebrar suas vítimas, peça por peça. Se você tiver contato com ele, você estará de volta no jogo e o sociopata vai continuar a manipulá-lo. Para iniciar a sua recuperação, você deve colocá-lo para fora de sua vida. Sem contato, você está dizendo "não mais". Se você precisa ter contato Infelizmente, você pode não ter escolha, especialmente se você tem filhos com ele. Se você está nesta situação, aqui estão duas orientações importantes: Sempre estar em alerta vermelho mental quando lidando com um sociopata. Nunca lidar com um sociopata sozinho, tenha sempre ao menos uma testemunha. Ele vai voltar... Meses ou até mesmo anos depois de terminar com o sociopata, ele pode aparecer novamente. Ele vai dizer que ele está em apuros, e você é o único que pode ajudá-lo. O que você faz? Ignorá-lo. Deixe-o sofrer as consequências de seu comportamento. Ele está testando para ver se ele pode começar a sangrar novamente. Lembre-se, os sociopatas não mudam.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Como Lidar com um Psicopata.

Deixar uma pessoa irritada, em pouco tempo, não é um dom para qualquer um. Primeiramente, a pessoa tem que ter um nível elevado de cara-de-pau, falta de noção e ser dissimulado. Só assim, consegue fingir que não está entendendo a nossa raiva. Pessoas normais também podem ser irritantes. Já um psicopata, será em disparado o mais insuportável. Ainda mais se ele tiver acabado de levar um pé na bunda e não ter mais nenhum contato com a vítima. Aliás, sumir do mapa é a única coisa que garante a sua paz. A pessoa quando está nessa fase, vai te ligar, uma, duas, três, quarenta e oito vezes. Se você for inteligente, não vai atender. Ele vai sumir por um tempo, mas não se engane, em alguns dias aparece de novo. . Com o tempo, você vai repensar, achar que pegou pesado e vai estar mais calma. Procure usar isso a seu favor e não mantenha contato. Mesmo que ele não pare de te procurar. Você quer saber por que que quanto mais o ignora, mais ele insiste? Será que ele não entendeu o recado? Sim, amiga, ele entendeu. Ao contrário do que pensa, ele não é tão burro assim. Ele acha que você é! E sendo assim, acredita que mais cedo ou mais tarde vai ceder e falar com ele. Para ele, você é fraca. Ele subestima a sua inteligência e não admite que você quer distância dele. ELE QUER manter o contato e é só a OPINIÃO DELE que importa. Foda-se você. Ele quer fazer de você o brinquedinho dele. É tão gostoso fazer você de gato e sapato… Resista. Se você ceder agora e atender o psicopata tudo que conseguiu até agora vai por água abaixo. Ele vai te irritar porque não tem nada de interessante para te dizer, simplesmente quer continuar botando a culpa nas coisas que você fez. Entenda que ele tem a necessidade de manipular os seus sentimentos. Quer identificar um psicopata? Ele dirá que você é única, que nenhuma mulher é igual você, vai implorar novas chances de provar o quanto te ama, vai apelar para sentimentalismo barato dizendo que está na pior fase da vida, que está sofrendo e outras mentiras. Um conselho de amiga, finja que não ouviu nada. Ele te trata como idiota? Tenta te fazer acreditar a qualquer custo que você está mal? Que o que está vivendo é um momento de ilusão, que está andando com as pessoas erradas? Ele é um cretino. Não tente mostrar que você está ótima, isso o deixa no veneno. Se nada der certo, ele vai tentar ser seu amigo e querer saber como está a sua vida, se está namorando, etc. Seja curta e grossa. Ele não precisa saber detalhes da sua vida. Ponha na tua cabeça que sua infelicidade é a felicidade dele. Em uma ultima fase, ele vai tentar te provar o quanto está feliz e você sofrendo. Ele quer que você se sinta a pior mulher do mundo. Se você o mandar para a puta que o pariu, ele vai ter quase um orgasmo. Corte os vínculos, já. O objetivo não é confrontar com ele e sim tirá-lo da sua vida. Não existe amizade com psicopata. Sei que não é fácil ser indiferente, mas essas pessoas são perigosas. Não seja piedosa com alguém que só te faz mal. Eu consegui, espero que vocês consigam.